Desde o sua criação o povo brasileiro vem colhendo os frutos que o Bolsa Família gerou no consumo e na redistribuição de renda no País.
A mesma solução para a redução da desigualdade social pode ser potencializada para garantir o desenvolvimento sustentável e a redução do consumo de energia.
Soluções de energia renovável podem ser subsidiadas para as populações carentes pelos governos para promover o mesmo efeito na renda, porém através da redução do gasto com água e energia.
As "bolsas" (Família, Celular, etc..) são assistencialistas (dão o peixe, mas não ensinam a pescar), de fato estimulam o consumo direto em função da alta propensão marginal a consumir das populações mais carentes, porém, não garantem um consumo responsável e aumentam o déficit fiscal de uma maneira que comprometem a sua manutenção futura.
Se ao invés disso, o governo investisse em gerar soluções sustentáveis para essa população fazendo com que os mesmos pudessem economizar, teríamos o mesmo efeito das bolsas assistencialistas, na propensão marginal a consumir, e conseqüentemente na renda. Uma forma de fazer isso seria através da construção de casas populares com mecanismos de aproveitamento de recursos gerando um consumo responsável. Com isso além do ganho de renda e conseqüente impostos, o governo estaria economizando um gasto futuro tanto na expansão de infra-estrutura como no tratamento do meio ambiente.
Ex: Instalação de soluções de energia sustentável (Solar ou Eólica) em casas populares. Com custo zero ou quase zero em energia elétrica, essas populações teriam como direcionar uma maior parte do seu orçamento ao consumo ou ao próprio desenvolvimento, gerando um ciclo produtivo positivo e auto-sustentável. O efeito na renda e no consumo voltaria na forma de impostos e o governo reduziria a necessidade futura de investimentos em infra-estrutura.
Outra forma de economizar recursos e conseqüentemente dinheiro para essas populações seria através da construção de tanques de aproveitamento de água (nessas mesmas casas populares), medida essa que teria o mesmo efeito renda e na infra-estrutura citados no exemplo anterior.
Uma terceira forma de reduzir o desperdício de recursos para populações mais pobres está na disponibilização de melhores opções de transporte.
Uma vez que a populações de baixa renda reduzirem a participação dos gastos com energia elétrica, água ou gasolina no seu orçamento doméstico, uma parte ainda maior da sua renda será revertida ao consumo, gerando assim um fluxo contínuo de crescimento sustentável.
Essa abordagem deveria ser trabalhada por empresas detentoras de tecnologias de aproveitamento de água e energia junto aos governos, com o objetivo de tornar esse ganho possível para suas empresas, para os governos, para as populações carentes e para as próximas gerações.
NY já começou a utilizar o conceito a cima, confira na The Economist.
ResponderExcluirhttp://www.economist.com/world/united-states/displaystory.cfm?story_id=15819127
Ver o que o Japao esta fazendo na sua reconstrucao.
ResponderExcluirJapan’s eco-industrial policy
A cloud with a green lining
Disaster-relief spending may boost energy-saving technologies
TOKYO
JAPAN’S quake, tsunami and nuclear crisis wiped out a quarter of the power-generation capacity in Tokyo and the Kanto region. As the government asks businesses and households to conserve electricity this summer, it is also considering incentives for energy-saving technologies. A green industrial policy, it hopes, would not only help a bit with the power shortage but also boost Japan’s struggling renewables firms.
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